Combinação dos factores de produção

1. Completa a tabela e interpreta a linha correspondente a Q=4.
R: A linha 4 corresponde ao nível de produção ótimo, porque atingi o custo total mínimo quando o Q é 4

2. Representa graficamente CT=CF+CV. Justifica a configuração das curvas.
A curva de Custo Total (CT) reflete a combinação do Custo Fixo (CF), que é constante, e do Custo Variável (CV), que cresce à medida que a produção aumenta. À medida que o CV aumenta, ele passa a dominar o crescimento do custo total, resultando em uma curva de CT que cresce progressivamente.
  • Custo Fixo (CF): Representado por uma linha horizontal, a curva do custo fixo indica que este valor permanece constante, independentemente da quantidade produzida. Isso ocorre porque os custos fixos, como aluguel de instalações ou despesas administrativas, não variam com o nível de produção.

  • Custo Variável (CV): A curva do custo variável parte da origem e apresenta um crescimento que acelera conforme a produção aumenta. Isso reflete a relação direta entre o custo variável e o volume produzido, sendo influenciado por fatores como matéria-prima, energia e mão de obra direta. Dependendo das características dos custos, esse aumento pode ser linear ou até exponencial.

  • Custo Total (CT): A curva de custo total acompanha o formato do custo variável, mas é deslocada para cima devido à adição do custo fixo. Ela ilustra como o aumento do custo variável, combinado ao custo fixo, resulta em um crescimento contínuo e progressivo do custo total

3. Representa graficamente a relação entre o Custo Marginal e os Custos Médios (CFM, CVM e CTM). Justifica a configuração das curvas.
  • CMg (Custo Marginal): Geralmente tem um formato em "U" e cruza as curvas de CVM e CTM em seus pontos de menor valor.

  • CVM (Custos Variáveis Médios): Apresenta um formato em "U" porque inicialmente diminui, mas volta a crescer quando surgem as deseconomias de escala.

  • CFM (Custos Fixos Médios): Diminui de forma contínua à medida que a produção aumenta, pois os custos fixos são diluídos entre mais unidades produzidas.

  • CTM (Custos Totais Médios): Também apresenta formato em "U", refletindo tanto o comportamento dos CVM quanto a redução contínua dos CFM

4. Indica a combinação ótima de fatores correspondente aos salários de 5 e ao custo da capital de 5,5 completando a segunda imagem deste post.

R:A opção com o menor custo total é a combinação C, que tem um custo total de 26

5. Relaciona as economias de escala com a concentração que se verifica em muitos ramos da atividade económica: banca, automóvel, distribuição de combustíveis, distribuição a retalho, etc
R: As economias de escala reduzem os custos por unidade à medida que a produção aumenta. Isso ocorre porque os custos fixos são distribuídos por uma produção maior e a eficiência melhora com a escala. Esse efeito favorece a concentração em setores como banca, indústria automóvel, distribuição de combustíveis e retalho, já que empresas maiores conseguem produzir mais barato e se tornam mais competitivas.

Exemplos:

  • Banca: Grandes bancos diluem custos por uma ampla base de clientes, aumentando a rentabilidade.
  • Automóveis: Fabricantes em larga escala reduzem custos com tecnologias avançadas e compras em massa.
  • Combustíveis: Grandes empresas negociam melhores preços com fornecedores e otimizam a logística.
  • Retalho: Redes maiores oferecem produtos a preços mais baixos, dificultando a competição de menores.

Esse processo de concentração é uma consequência direta das economias de escala

6. Demonstra que a concentração das empresas ocorre nos setores com mais elevados custos fixos, recorrendo à lei das economias de escala
R: A concentração empresarial em setores com elevados custos fixos pode ser explicada pela lei das economias de escala, que descreve como o custo médio de produção diminui à medida que a quantidade produzida aumenta. Esse fenômeno ocorre porque os custos fixos, que representam despesas como infraestrutura, maquinário ou tecnologia, permanecem os mesmos independentemente da quantidade produzida. Assim, quando a produção cresce, esses custos são diluídos entre um número maior de unidades, reduzindo o custo médio por unidade.

Demonstração:
  1. Custos Fixos Elevados:
    Setores com custos fixos elevados (ex.: indústria automotiva, telecomunicações, ou energia) demandam um grande investimento inicial em infraestrutura, tecnologia ou pesquisa e desenvolvimento. Esses custos não variam com o nível de produção.

  2. Importância do Aumento da Produção:
    Para reduzir o CTM (Custo Total Médio), as empresas nesses setores precisam produzir em larga escala. Isso ocorre porque os CFM (Custos Fixos Médios) diminuem significativamente à medida que a produção aumenta, diluindo o peso dos custos fixos.

  3. Vantagem Competitiva das Grandes Empresas:
    Grandes empresas, que conseguem operar em alta escala, obtêm uma vantagem competitiva sobre empresas menores, pois seus custos médios são mais baixos. Empresas menores enfrentam dificuldades para competir e frequentemente saem do mercado, o que leva à concentração do setor em poucas empresas.

  4. Barreiras à Entrada:
    Os altos custos fixos criam barreiras à entrada para novas empresas, dificultando a concorrência. Assim, os setores com custos fixos elevados tendem a ser dominados por poucas grandes empresas ou monopólios.

Conclusão:

A lei das economias de escala explica a concentração empresarial em setores de altos custos fixos porque as grandes empresas, ao aumentarem sua produção, conseguem reduzir significativamente seus custos médios, dominando o mercado

7. Relaciona as (des)economias de escala com a curva do custo médio
R: As economias de escala levam à redução do custo médio à medida que a produção aumenta, enquanto as deseconomias de escala fazem com que o custo médio volte a subir. Por isso, a curva do custo médio tem o formato de um “U”: a parte decrescente representa o efeito das economias de escala, e a parte crescente reflete o impacto das deseconomias de escala

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